Arquivo da categoria ‘Na Mira’

Da Redação

Com a morte do terrorista Osama Bin Laden, que ocorreu neste ultimo domingo, dia 01 de maio, pelas forças armadas dos Estados Unidos em um conflito armado em Abbotabad, no Paquistão, alguns hackers aproveitaram para usar este acontecimento como iscas para golpes virtuais.

Em apenas algumas horas após o anúncio, foram detectados vírus em sites de busca, ataques voltados a usuários de redes sociais, mais especificamente no Facebook e ainda vídeos que alegam conter imagens da cena com o assunto: “veja vídeo em que Osama Bin Laden aparece segurando jornal com data de hoje e desmente sua possível morte relatada por Obama”.

O Twitter também postou um gráfico com o aumento do número de Tweets por segundo na noite em que a morte foi divulgada. Picos em mídias sociais causados por eventos globais já não surpreendem, bem como a rapidez na ação dos hackers que exploram esses eventos para enganar as pessoas com golpes. A mesma tendência foi observada no terremoto japonês e no casamento real. Os especialistas dizem que são esperadas uma série de ataques devido à força emocional desses fatos e aconselham que os usuários aprendam a mudar seus hábitos de uso do computador.

Dicas para se proteger

  • Ao invés de usar palavras-chave mais lembradas para a busca por notícias, deve-se optar por acessar sites confiáveis de notícias, cujo acesso deve ser direto.
  • O internauta deve ter em mente que qualquer informação exposta em uma rede social é falsa até que se prove o contrário.
  • É fundamental checar de onde veio a informação, se existe a possibilidade de que tenha sido enviada via backtracking ou Tweets.
  • É fundamental ter um programa antivírus em sua máquina. Além de instalado, é preciso que ele esteja sempre atualizado.
  • Também é preciso muito cuidado com arquivos anexados em e-mails. Nunca execute programas enviados por desconhecidos.


Marcelo Tas, NaMira!

Publicado: 3 de maio de 2011 em jornalismo, Na Mira
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Aguardem!!!

Os duendes das estatísticas do WordPress.com analisaram o desempenho deste blog em 2010 e apresentam-lhe aqui um resumo de alto nível da saúde do seu blog:

Healthy blog!

O Blog-Health-o-Meter™ indica: Este blog é fantástico!.

Números apetitosos

Imagem de destaque

Um Boeing 747-400 transporta 416 passageiros. Este blog foi visitado cerca de 3,400 vezes em 2010. Ou seja, cerca de 8 747s cheios.

 

Em 2010, escreveu 11 novos artigos, nada mau para o primeiro ano! Fez upload de 76 imagens, ocupando um total de 11mb. Isso equivale a cerca de 1 imagens por semana.

The busiest day of the year was 10 de março with 75 views. The most popular post that day was Entrevista com Renata Falzoni da ESPN.

De onde vieram?

Os sites que mais tráfego lhe enviaram em 2010 foram mail.google.com, google.com.br, orkut.com.br, webmail.inconfidencia.com.br e comunique-se.com.br

Alguns visitantes vieram dos motores de busca, sobretudo por paloma tocci, ticiana villas boas, na mira da upa, paloma tocci fotos e alex petrow

Atracções em 2010

Estes são os artigos e páginas mais visitados em 2010.

1

Entrevista com Renata Falzoni da ESPN março, 2010

2

Entrevistas! março, 2010

3

Ticiana Villas-Bôas Apresentadora do Jornal da Band foi o Alvo do NaMira da UPA! maio, 2010
3 comentários

4

Entrevista com Paloma Tocci da Rede TV! e Rádio Transamérica abril, 2010
4 comentários

5

Quem Somos janeiro, 2010

Entrevista realizada em abril de 2009.

Alexander Trigueiro Petrow, mais conhecido com Alex Petrow, é um Paulistano de 27 anos, jornalista formado na Universidade Anhembi Morumbi.

Trabalha com comunicação desde 2002. Começou em uma emissora de rádio do estilo rock, voltada para o público jovem: a Brasil 2000 FM. Ali, iniciou como estagiário, mas, após alguns meses, foi contratado para trabalhar no departamento de jornalismo e produção. Foi co-apresentador de um programa da emissora chamado Happy Hour, que veiculava notícias em meio a músicas.

Acumula passagens pelo Grupo Folha da Manhã, como repórter dos jornais Agora São Paulo e Folha de S. Paulo. Nesse meio tempo, atuou também como jornalista freelancer, escrevendo para sites, revistas e realizando trabalhos na área de assessoria de imprensa.

Desde 2004, na Rádio Globo de São Paulo, ele atua como jornalista, locutor, responsável por pautas e parte editorial da emissora no período da tarde. Fora isso, é um dos editores e apresentadores do “Globo Girando com a Notícia”, um boletim de 5 minutos com as principais notícias de São Paulo, e participa de alguns programas da grade da emissora.

Entrevista

Na Mira – Como despertou a vontade de ser radialista?

Alex – Sempre ouvi muito rádio, esse foi um dos fatores que me levou a pensar em ser jornalista e radialista. Fora isso, desde o colegial (hoje ensino médio) amigos e professores falavam que eu tinha voz para trabalhar com isso. Na faculdade a mesma coisa. Aliás, alguns professores inclusive me incentivaram a tentar seguir carreira como repórter de TV, mas, quando comecei a estudar rádio na faculdade, realmente me identifiquei com o meio no qual trabalho hoje. Não que não goste dos outros, mas gosto muito de rádio.

Na Mira – Qual foi a sua maior dificuldade no inicio de carreira?

Alex – A primeira vez que você fala ao vivo é difícil. Não importa o quanto você treine, o nervosismo no começo atrapalha. Mas com a prática ele vai embora. Acredito que esse tenha sido o maior problema logo que comecei. O rádio é um meio muito dinâmico e rápido, nele você precisa tomar decisões importantes em um curto período de tempo. Hoje, com a experiência, essas situações não atrapalham mais, fazem parte do cotidiano.

Na Mira – Como surgiu a oportunidade de ingressar na Rádio Globo? Fale sobre sua trajetória na emissora.

Alex – Ingressei na Rádio Globo em 2004, após encaminhar meu currículo para a emissora. Fui entrevistado e logo contratado. Comecei na área de produção, fui promovido e hoje sou responsável pela pauta e parte editorial da Rádio Globo SP no período da tarde. Fora isso, sou um dos editores e apresentadores do “Globo Girando com a Notícia” (um boletim de 5 minutos com as principais notícias de SP) e participo no ar de alguns programas de nossa grade.

Na Mira – Todo radialista tem um comunicador referencial no qual se espelha. Quem é o seu radialista modelo e por quê?

Alex – Por incrível que pareça, não tenho um radialista modelo. Admiro vários, cada um por qualidades diferentes. Eu acredito que no rádio de hoje o locutor/comunicador tem que ser um profissional preparado para atuar em diferentes áreas e estar apto a falar para diferentes públicos.

Isso aconteceu comigo. Minha primeira experiência em rádio foi em uma emissora voltada para o público jovem que gostava de rock, a Brasil 2000 FM. Ali cheguei a co-apresentar um programa chamado Happy Hour, no qual era responsável pelas notícias e participava de entrevistas.

A Rádio Globo, onde trabalho hoje é uma emissora popular, voltada para o público adulto, na qual o jornalismo tem ganhado cada vez mais destaque, junto com o entretenimento.

Por isso não digo que tenho um comunicador como referência, mas sim vários, que, por suas diferentes qualidades, influenciaram meu trabalho.

Na Mira – Os radialistas consideram o rádio como um grande amor e motivo de felicidade, o envolvimento é tanto a ponto de muitos afirmarem que não teriam prazer em exercer outra profissão. Qual o significado do rádio na sua vida? Se não fosse radialista, conseguiria ser feliz em outra profissão?

Alex – Olha, eu tenho sim um grande envolvimento com o rádio e isso se deve a diversos fatores, como o dinamismo que ele proporciona, a proximidade com o público, enfim. Por falar nisso, algumas pessoas têm uma visão de rádio diferente justamente por não ter esse contato com o ouvinte.

Digo sem sombra de dúvida que já passei por situações gratificantes (em que consegui dar uma notícia em primeira mão, por exemplo) e outras que me emocionaram muito. Um destes casos foi o de uma ouvinte, que foi à uma ação externa da Rádio Globo, no Globomóvel (estúdio móvel da emissora), e falou sobre a nossa importância para a vida dela, que nós, além de mantê-la bem-informada, éramos sua companhia diária, pois vivia sozinha.

Quando uma pessoa chega e fala isso para você, temos a noção da importância do que fazemos, da diferença que exercemos sim na vida das pessoas. Certas emissoras de rádio tem esse diferencial – a proximidade. Neste dia, quase 2 mil pessoas estiveram no local onde estávamos para demonstrar isso.

Agora, ser feliz em outra profissão? Depende. Apesar de gostar muito de rádio, acredito que seria feliz sim, se continuasse atuando na área de comunicação, jornalismo, enfim.

Na Mira – Em rádios de pequeno porte, na maioria das vezes o locutor faz sozinho todo o planejamento e execução do programa (produz, comunica e opera áudio), uma situação complicada no início, mas compensadora com o passar do tempo. Você já passou por essa experiência? Como foi? E quais foram os benefícios acrescentados em sua vida profissional?

Alex – Não cheguei a passar por isso, mas acompanhei pessoas que passaram por essa situação, por ter trabalhado em uma emissora FM, na qual a maioria dos locutores comunicava e operava ao mesmo tempo. Porém, com conteúdo pré-produzido. Acredito que essa situação relatada na sua pergunta permaneça em emissoras de pequeno porte.

Mas ter acompanhado o que relatei me mostrou que, em rádio, é muito importante saber de tudo um pouco, para poder lidar com situações inusitadas, com o imprevisto.

Na Mira – Você acredita que a internet deu nova vida às emissoras de rádio, no sentido de que, com as transmissões pela internet, elas puderam alcançar um público nunca antes imaginado? Você concorda com essa visão? Qual é o futuro da integração rádio/internet na sua opinião?

Alex – A internet virou uma grande aliada não só do rádio, mas de todos os meios de comunicação. Ela não ajudou o rádio apenas em termos de transmissão. Auxiliou com relação a veiculação de outros conteúdos também.

Todos os profissionais que lidam com o público têm que ter em mente a seguinte questão – os consumidores estão cada vez mais exigentes e buscam qualidade (seja de conteúdo, transmissão) e diferenciais (como maior comodidade, novidades, interatividade, enfim).

A internet, além de levar nosso conteúdo para todo o planeta (recebemos e-mails de ouvintes de todos os cantos do mundo, literalmente), nos oferece outras possibilidades, como, por exemplo, mostrar imagens de uma matéria feita por nossa equipe de reportagem. Ela pode até mesmo ser um diferencial em coberturas.

Para explicar, uso um exemplo: na transmissão de um jogo na Rádio Globo, chegamos a disponibilizar em nosso site um serviço chamado Scout Online, pelo qual o ouvinte ligado na transmissão pode conferir estatísticas sobre a partida, como número de passes errados e de chutes a gol.

Não podemos esquecer das ferramentas tradicionais, como o e-mail e o chat, possibilidades de interação em tempo real com o ouvinte. A tendência é essa relação aumentar cada vez mais. As rádios online já são uma realidade e novas tecnologias para incentivar essa interação já estão em desenvolvimento, como rádios de carro que reproduzem emissoras online.

Na Mira – Qual a matéria ou situação mais engraçada que você passou?

Alex – Sem dúvida, a minha primeira entrevista em inglês. Detalhe – ao vivo! Me colocaram para entrevistar um integrante de uma banda americana chamada Biohazard. Ainda bem que eu conheço bem a história da banda, essa foi minha sorte, mas nunca falei tanto “ééée” “ãããã” ao vivo. Não falava com ninguém em inglês há meses! Se bem que depois, quando eu ouvi a entrevista, notei que até que foi tranqüilo o bate-papo, mas no estúdio foi um momento tenso e, para quem sabia da situação, engraçado.

Na Mira – Quais são seus objetivos futuros?

Alex – Continuar crescendo profissionalmente. Costumo dizer que estou em constante aprendizado. Há alguns anos era estagiário e hoje trabalho em uma das maiores emissoras do país.

Sei que as possibilidades de crescimento na minha área são grandes e continuo em busca delas. Procuro estar sempre me atualizando, porque o mercado hoje exige isso do profissional – estar em desenvolvimento constante.

Na Mira – Qual dica você dá para quem está iniciando no jornalismo?

Alex – Tenha sempre isso em mente: os que acham que já sabem tudo são os primeiros a ficar para trás. Busque sempre se aprimorar no que você faz.

Na Mira – Você Lê o Comunique-se? O que te chama mais atenção no Portal?

Alex – Com certeza! É difícil escolher apenas uma área, mas as notícias sempre chamam a atenção. As colunas são muito interessantes também.

MULHERES DO ESPORTE

Profissional jovem, com experiência em rádio, site e agora revista. Estagiária, trainee, pauteira, produtora, repórter. Jornalista. Apaixonada por internet, mantém um blog em 2.0 – o Entrelace – e acredita que a web tende a crescer cada vez mais.

Em entrevista ao NA MIRA DA UPA!, Vanessa Ruiz, 25 anos, conta sobre seu início de carreira, estagiando na produção do Sistema Globo de Rádio, as mudanças que vêm ocorrendo na equipe de repórteres dessa rádio, sua passagem pelo Portal Terra e agora a nova experiência, ser repórter da Revista ESPN.


Além disso, ela revela seu interesse pela Fórmula 1 e sobre o convite para trabalhar na Revista ESPN, convite esse que surgiu graças as suas Twittadas.

A partir de agora você confere: Vanessa Ruiz está NA MIRA DA UPA!

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Sempre gostou de esportes, ou começou a se interessar por esse assunto no início de sua carreira na Rádio Globo?

Sempre gostei, mas não quis fazer jornalismo por causa disso. É verdade que nunca imaginei que poderia trabalhar com um hobby – talvez por alguma questão de formação achava que isto não era cabível – e justamente por isso foi uma grata surpresa a imediata identificação que aconteceu quando entrei na editoria. Eu era estagiária e fazia parte passar pelo esporte da Rádio Globo e da CBN. Comecei a me envolver primeiro com a produção, depois com as pautas e reportagens. Assim que me formei, comecei como repórter trainee no esporte mesmo.

Um fato é que o Sistema Globo de Rádio tem mudado muito sua equipe de repórteres, desde a saída de Ângelo Ananias e Romeu César. Para você, que também se desligou do grupo, qual o motivo para tantas mudanças?

Não há nenhum grande mistério nas alterações que foram feitas na equipe. A minha saída, especificamente, não tem a ver com a leva que tirou os repórteres mais experientes da rádio. Quando houve a mudança na chefia, com a entrada de pessoas que estavam alinhadas com o comando maior da empresa, o que aconteceu foi simplesmente uma adaptação do departamento ao novo perfil: repórteres que fossem não só bons no ao vivo, mas que tivessem um texto legal e que estivessem dispostos a encarar as mudanças. O Jésse Nascimento, por exemplo, é daquela geração e se encaixou muito bem, desenvolvendo e fazendo valer a sua habilidade para apurar notícias exclusivas, por exemplo. Mudanças não são fáceis, mas podem te ajudar a crescer também. Por outro lado, se a alteração leva a coisa para um lado que não é o seu, tampouco vale a pena se matar para fazer algo que não condiz com seu perfil.

Pela Globo/CBN chegou a fazer viagens cobrindo a Fórmula 1. Qual a experiência adquirida com essa cobertura e, nos diga, esse meio de cobrir automobilismo ainda tem resistência com as mulheres?

As coberturas no exterior foram muito importantes para que eu realmente compreendesse do que é feito o mundo da Fórmula 1, quem são os personagens dessa história que nunca aparecem no noticiário. Além disso, conhecer pessoalmente os assessores de imprensa das equipes também facilita muito o trabalho quando é preciso estar à distância novamente. Todo o meio esportivo que é majoritariamente masculino ainda tem resistência com as mulheres.
Não adianta choramingar. É chegar aonde for, ter uma postura sóbria e trabalhar, trabalhar, trabalhar. É assim que você conquista respeito.

Por falar em automobilismo, pretende seguir carreira na F1 e afins, sendo sua especialidade no jornalismo?

Hoje, não me vejo trabalhando com outro tema a não ser esportes. É um nicho que ainda é pouco explorado, tem muitas reportagens que não foram feitas. Às vezes, ninguém se dá conta porque é engolido pelo dia-a-dia, ou porque tem que sair da zona de conforto do setorismo declaratório, que vivem de aspas.
Quanto ao automobilismo, é uma coisa que certamente continuarei fazendo e talvez até com mais prazer justamente por não ser o tema sobre o qual trato todo dia trabalhando na revista.

É mais difícil arrancar uma informação de um jogador de futebol ou de um piloto da Fórmula 1?

Parecem diferentes, mas são iguais. Arrancar as tais “aspas” é fácil, mas arrancar uma  informação de verdade não é; este é o grande desafio do jornalismo. Será sempre difícil se você quiser chegar a uma informação que possa alterar os rumos de alguma coisa.

Em um futuro próximo, como você vê a web 2.0? Ressaltando que, na mídia brasileira, você é uma das precursoras nessa ferramenta, por meio de seu blog, o Entrelace.

Infelizmente, com tudo o que vem acontecendo na minha carreira desde o final de 2009, o Entrelace 2.0 ficou um pouco escanteado, mas continua lá. Para mim, o futuro da web é móbile. Ainda vai demorar alguns anos, mas será incrível quando todos puderem andar por aí carregando o mundo nas mãos para fazer uso de tudo o que a rede proporciona.

Pretende voltar algum dia a trabalhar em rádio, ou pensa, no momento, em manter seu blog e o trabalho na Revista ESPN?

Não pretendo me desligar do rádio e o pessoal aqui da revista já sabe disso. O trabalho na revista demanda muito, é minha prioridade agora.

É muito provável que, em um futuro próximo, haja algum projeto ligando as duas coisas.
Quanto ao blog, assim que eu me adaptar à rotina da casa nova, ele será “ressuscitado”.

Ainda no tema Web 2.0., você analisa como válido os jornalistas divulgarem informações, por meio de Twitter e outras mídias sociais?

Acho muito válido. Se o jogador de futebol não precisa mais do jornal para contar à quantas anda sua recuperação ou o que achou de um jogo, a mesma coisa vale para os jornalistas. O problema é que tem muita gente que ainda se apóia na marca do veículo que o emprega, talvez porque o mercado ainda não esteja realmente pronto para absorver um jornalista autônomo. Só comecei a colaborar com a Revista ESPN porque um jornalista conceituado que nunca me viu, mas me lia no Twitter e no blog, me indicou para o diretor da revista – hoje, aliás, ocupo uma vaga permanente na redação como repórter. Vejo que o desafio maior agora é descobrir formas de sobreviver financeiramente por meio da web sem ter um veículo por trás, sem nem mesmo um grande portal.

Em sua passagem pelo Portal Terra, qual foi à experiência? E qual a diferença de se trabalhar em um site e em uma rádio?

Passei um mês no Terra, o que eu fazia era chegar cedo, ler todos os jornais, todos os portais e checar o que o Terra já tinha divulgado. Fui o terror dos editores no mês que passei lá (risos).
O ritmo de site e rádio é muito parecido, mas, sinceramente, nada perde para o rádio, por mais que a internet seja veloz, você ainda precisa escrever ou colocar o áudio no ar por meio da plataforma. No rádio, basta ligar para o estúdio e “sair falando”.

Profissional jovem, você esperava trabalhar em rádio, web e agora impresso já nessa fase de sua carreira?

Eu já sabia que se saísse da CBN e da Rádio Globo, seria para experimentar coisas novas. Era uma sede que eu tinha. Talvez eu não esperasse, mas o que fiz foi correr atrás de boas oportunidades e elas apareceram.  As mídias estão de fato convergindo cada vez mais.

MULHERES DO ESPORTE

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Renata Falzoni, jornalista, bike-repórter e aventureira. Em entrevista ao NA MIRA DA UPA, Falzoni, apresentadora da ESPN e repórter da Rádio Eldorado conta um pouco de suas viagens, da situação das bicicletas no país, da carreira como arquiteta, de seu ativismo político. Além de revelar sua maior aventura… ser mãe.

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O que falta para que São Paulo e as grandes cidades brasileiras tenham ciclovias? O ponto “x” é só o interesse político?

Uma quebrada no paradigma na política pública das cidades. Hoje no Brasil as cidades têm o seu foco administrativo voltado para o conforto (impossível) daqueles que estão em automóveis e apenas eles. O resto é o resto, assim os pedestres não são contemplados com infra-estrutura muito menos os ciclistas, excluídos na maior parte das grandes cidades do Brasil.

Você acha que com a união dos ciclistas, dos ciclo ativistas e esportistas seria possível um manifesto de maior alcance ao Governo com relação às questões ambientais?

Não apenas as uniões de ciclistas, mas todo um conjunto de pressão oriundo por também essas entidades. A massa crítica de cidadãos, como acontece aqui em São Paulo, vai determinar soluções quer o poder público queira quer não.

Algumas leis e códigos de trânsito são divulgados e enfatizados na mídia, não seria viável fazer o mesmo com as leis e códigos que dizem respeito aos ciclistas? Já que não há respeito e tampouco conhecimento seria um caminho uma divulgação maior?

As leis que fomentam ou fomentariam o transporte cicloviário  existem no Brasil, mas estas fazem parte de um conjunto de leis “que não pegam” que são sumariamente ignoradas,  No Brasil o transporte em bicicleta ainda que muito praticado é excluído não é por falta de leis e sim por falta de vontade política de cumpri-las.O que falta é o Ministério Público ser acionado e atuar.

Com todo esse ativismo você já cogitou entrar na política, para representar a classe dos ciclistas?

Fui candidata em 1996 a vereadora não me elegi e hoje em dia não quero mais saber de entrar na política dessa forma. Faço outro tipo de política, pressiono os políticos no poder..

Sendo declaradamente ativista do transporte em bicicletas, um tema que não é tão polêmico, como ser ativista para a liberação da maconha. Mas pelo simples fator de ser “ativista” você já sofreu ou sofre com ameaças e preconceito?

Sofro preconceito por vários motivos
1º. Ser mulher.
2°. Usar a bicicleta como meio de transporte, sou confundida e excluída. É hilário.
Chego a uma portaria e o atendente não raro me pergunta se eu tenho uma encomenda a ser entregue. Confunde-me com bike boy, (risos). Muito raro acreditam ser verdade eu ter uma reunião de negócios com o patrão.
3°. Estacionamentos, não aceitam bicicletas. Manobristas não aceitam bicicletas. Isso está relacionado a preconceito e bike fobia.
4°. No trabalho hoje em dia não sofro mais preconceito pelo fato de eu ir de bike, mas antes sim. Perdi um emprego de arquitetura por não “pegar bem” ir de bike ver os clientes.

Mesmo com esse perfil de “Aventureira” em alguma viagem/expedição você teve medo de que algo pudesse acontecer de errado?

Eu sou muito cuidadosa. Sempre algo dá errado, mas em geral eu tenho um plano B equacionado.

Formada em Arquitetura, quando surgiu esse talento para a comunicação?

Eu sou fotógrafa desde os meus oito anos de idade. E nessa idade eu já filmava em 8 mm. Quando resolvi ingressar no jornalismo era para ser fotógrafa, foto jornalista.  Chegar a TV foi um passo.

Na sua vida e carreira, qual foi a sua maior aventura?

Ter uma filha.

Quais os frutos a se colher pelo fato de ter sido uma das precursoras no formato vídeo-reportagem?

O conhecimento da profissão apenas isso, pois louros não enchem a barriga de ninguém.

De tantas expedições, ainda falta alguma aventura que você tem desejo de realizar?

Muitas mesmo, mas eu não tenho pressa. Eu conheço muito pouco da África, na America Central, do Oriente da Ásia. O mundo é enorme e eu pretendo viajar e pedalar até o fim de minha vida.

Em sua opinião, esse mercado, tanto o de vídeo-reportagem quanto o de “cobrir aventuras”, está em expansão no Brasil?

Está sim, mas no Brasil nunca será um filão de trabalho para muitos. Na real o Brasil tem potencial, mas é muito voltado ao futebol e a TV Globo. Todo o dinheiro fica concentrado nesses dois pólos.